EU O VI!

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Acabam de ser publicados os dois primeiros volumes, de um total de cinco, da obra “O dom de sabedoria na mente, vida e obra de Plinio Corrêa de Oliveira”, de autoria de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP.

A importância desta coleção reside, de uma parte, no papel providencial desse destacado líder católico brasileiro, alma dotada de altíssimos dons místicos e apóstolo cheio de fogo, penetrado até o mais íntimo pela sabedoria de Deus.

De outra parte, seu valor consiste na autoridade do Autor, discípulo fervoroso, seguidor incondicional e observador atentíssimo de Dr. Plinio.

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Amizade e santidade – Os sete fundadores

Sete Santos Fundadores dos Servitas – 17 de fevereiro
A amizade é um dom de Deus. Este dom é ainda maior quando possibilita aos amigos o contato mais íntimo com Deus a exemplo dos fundadores dos Servos de Maria. Juntos, eles dedicaram suas vidas no serviço aos mais pobres, iluminados por nossa Mãe Maria. Continue reading

Porque devoção a Nossa Senhora ?

O conhecimento de Maria no seio da Santa Igreja, a Mariologia, foi se desenvolvendo ao longo dos séculos, desde os Santos Padres, passando por São Bernardo, São Domingos de Gusmão, São João Eudes, Santo Afonso de Ligório e muitos doutores e teólogos, sempre revelando as mais esplendorosas maravilhas sobre a Santíssima Virgem.

Entretanto, parece que a graça de explicar com maior amplitude e profundidade, as excelências da “ Mãe Escondida”, como foi chamada Nossa Senhora,  estava reservada a São Luís Grignion de Montfort. De todas as suas obras, a que mais se destaca é o Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem.

Nossa Senhora de Fátima

Esta obra foi recomendada por diversos Papas, e conta com a aprovação e o apoio do Magistério da Igreja. O Bem Aventurado Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XII, são alguns dos Sumos Pontífices que deram aprovação expressa à doutrina deste grande santo.

A respeito da excelência da espiritualidade de São Luís Grignion, o Beato João Paulo II, em diversas ocasiões, teve a oportunidade de afirmar a sua atualidade.

Quando da Beatificação de Jacinta e Francisco, em 13-5-2000, o Papa dirigiu-se às crianças exortando-as com essas palavras de São Luís de Montfort: Digo-vos que “ se avança mais em pouco tempo de submissão e dependência de Maria, que durante anos inteiros de iniciativas pessoais apoiados apenas em si mesmos”.

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Santo da Semana – São Paulo Miki e seus companheiros martires – 6 de fevereiro

(+ Nagazaki, Japão, 1597)

No final da Segunda Guerra Mundial, Hiroshima e Nagasaki, duas importantes cidades Japonesas, sofreram um ataque com bombas nucleares. Os EUA, por meio da ação militar da Força Aérea, sob ordens do presidente norte-americano Harry S. Truman, bombardearam as duas cidades japonesas nos dias 6 e 9 de agosto de 1945.
Até os dias de hoje, as duas bombas foram as únicas armas nucleares utilizadas de fato numa guerra. Estima-se que cerca de 140.000 pessoas morreram em Hiroshima e 80.000 em Nagasaki, além das mortes ocorridas posteriormente aos ataques em decorrência da exposição radioativa.
A maioria dos mortos era composta por civis, mulheres, idosos e crianças, pessoas que não estavam combatendo na guerra.
Essa é uma terrível mancha na historia de Hiroshima e Nagasaki( cidades aliás, por ocasião da 2°Guerra, de grande catolicidade no Japão) que nunca poderemos esquecer e é sem sombra de dúvida , uma vergonha para a nossa história.
Mas 348 anos antes da bomba, Nagazaki foi palco de outro terrível acontecimento, pouco conhecido ou raramente relatado pelos meios de comunicação:  O martírio de São Paulo Miki e seus companheiros, por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, e por amor ao seu Corpo Místico, a Igreja.
O cristianismo foi levado para o Japão por São Francisco Xavier em 1549, chegando a ter milhares de seguidores.
Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.
Miki nasceu em 1564,em Tsunokuni no Japão. Filho de pais ricos foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez. Tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.
O imperador Toyotomi Hideyoshi, era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos. Assim a religião cristã foi proibida no Japão.
Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou.
São Paulo Miki e os seus 24 companheiros foram feitos prisioneiros pelos soldados de Toyotomi Hideyoshi, submetidos a terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seriam executados. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, quatorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade.
Foram crucificados em Nagasaki, em 1597, na colina Nishizaka. Morreram cantando o Te Deum. Antes de morrer, São Paulo Miki ainda discursou dizendo: “Agora que cheguei a este ponto extremo da minha vida, nenhum de vós há-de acreditar que eu queira esconder a verdade. Declaro-vos portanto que não há outro caminho para a salvação do que aquele que possuem os cristãos. E como este caminho me ensina a perdoar aos inimigos e a todos os que me ofenderam, eu livremente perdoo ao imperador e a todos os autores da minha morte e peço a todos que recebam o batismo cristão”.
Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e só a partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram, as igrejas voltaram a ser construídas e os cristãos do Império do Sol Nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.

Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862.

Solange Almeida Soares

Da gruta à catedral medieval

Interior da Gruta Rei do Mato

Num passeio a Sete Lagoas – MG, com jovens aspirantes dos Arautos, nestas férias de janeiro, tivemos a oportunidade de penetrar, e de viver um pouco dentro do silêncio ora majestoso, ora recolhido e profundo da gruta Rei do Mato.

Esta gruta com seus enormes salões, adornados com magníficas estalactites e estalagmites brilhantes, foi objeto do encanto de todos os jovens que por ali passaram. À medida  que íamos adentrando, percebemos que o brilho das estalactites variava de acordo com a intensidade da luz, que incidia sobre elas e às vezes, cintilavam como se estivessem recebendo a luz do sol, outras vezes, devido ao bruxulear da luz, ficavam com tonalidades mais amenas e partes da gruta eram envolvidas por uma misteriosa penumbra.

Frente da Gruta Rei do Mato

 

Contemplando aqueles diversos aspectos de uma mesma gruta, me veio a mente os diferentes tipos de grutas existentes pelo mundo; as grutas iluminadas e as não iluminadas, as já conhecidas pelo homem, e aquelas reservadas até o momento apenas ao conhecimento de Deus e de seus anjos. Quantas maravilhas ainda não reveladas aos homens, escondidas pela natureza, reservadas por desígnio da Divina Providência para o futuro.

Mosteiro de Subiaco

 

Só de pensar que foi numa abençoada gruta em Subiaco, que São Bento inspirado e ao mesmo tempo tomado pelo Espírito Santo, abandonou o convívio dos homens para viver a sós com Deus, e ali numa gruta silenciosa e austera, ora na penumbra de uma provação ou nas grandes consolações do convívio divino, concebeu, idealizou e fez nascer um novo estilo de vida religiosa, os beneditinos. Da gruta onde vivera São Bento nasceu Subiaco, primeiro mosteiro da ordem. Subiaco irradiou a luz da vida  religiosa por toda a Europa, e em pouco tempo o continente estava pervadido de mosteiros beneditinos.

A santidade dos monges e a beleza da vida contemplativa atraíam as pessoas, que construíam suas moradias em volta dos mosteiros, surgindo assim os vilarejos, as vilas e os grandes burgos. Dessa união da vida monástica com a vida civil, e do amor do medieval pelo belo, nascia a catedral medieval, obra prima da civilização cristã. Assim o raio de luz que brilhou na gruta de Subiaco é o mesmo que iluminou e ilumina até hoje a torre da Catedral.

Quantas reflexões pudemos fazer, numa bela gruta do interior de Minas Gerais, imaginando a ação de Deus durante a história, a partir de um monge santo e uma simples gruta.

 

Catedral de Notre Dame

Catedral de Colônia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luis Bernardo

Encontro internacional dos Arautos

A vida religiosa e os conselhos evangélicos

Já neste início de ano  que a Igreja dedica especial atenção aos jovens, em que dioceses do mundo inteiro organizam-se para juntas participarem da Jornada Mundial da Juventude, JMJ, os Arautos reuniram jovens de países da America do Sul para um Congresso com o tema: “A vida religiosa e os conselhos evangélicos”, visando assim o crescimento espiritual e intelectual dos mesmos.

Jantar de despedida no congresso

Foi assim apresentada a beleza, dignidade e nobreza que é ser chamado a se tornar um religioso.  Quando um jovem, estando na Judeia, aproximou-se de Jesus e Lhe perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?” Ele respondeu: “Observa os mandamentos”. Disse-Lhe o jovem: “Já os tenho observado desde a minha infância. Que me falta ainda?” Jesus fixou nele o olhar com grande amor e acrescentou: “Se queres ser perfeito, vai vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás  um tesouro no céu. Depois vem e segue-Me!” O jovem foi-se cheio de tristeza, pois era muito rico e não queria acatar as palavras do Divino Mestre (Cf. MC 10,17,20; Mt 19,18.21).

Anjos antes da prova

Todos os homens são chamados a praticar os mandamentos deixados por Deus, porém, a alguns ele chama para uma via de perfeição, assim como o fez ao moço rico acima mencionado. Após o pecado original todos temos três movimentos desordenados contra os quais devemos estar vigilantes: “a concupscência da carne, a concupscência dos olhos e a soberba da vida” (1 Jo 2,16).

Por isso, temos os conselhos evangélicos àqueles que são chamados a esta via de perfeição: a pobreza, a castidade e a obediência.  Ao renunciarem a seus bens, entregam a Deus o objeto de ambição que tantas vezes os ohos cobiçam; praticando com radicalidade a virtude da pureza, consagram-Lhe seus corpos;  e acatando com alegria as determinações de seus superiores, submetem-lhe a soberba da vida.

São Martinho de Tours

Como os exemplos arrastam, nada melhor que apreciarmos a vida dos santos, que viveram esses conselhos de maneira heróica. São Martinho de Tours, deu-nos magnífico exemplo de desprendimento, quando vendo um pobre homem clamando por socorro pela necessidade de um agasalho para se proteger do frio e ninguém se compadecer, rasgando sua capa de oficial ao meio e a dando ao pobre homem. Podemos nos perguntar: mas ele não deu tudo? Na verdade sim, pois um oficial ao entrar nas legiões romanas pagava apenas metade das despesas indumentárias, o restante era o governo. Portanto aquilo que cabia a ele, foi dado.

São Francisco de Assis, que dizia ter contraído núpcias com a dama Pobreza, foi despojado dos seus bens e até das  vestimentas pelo seu próprio pai em praça pública.

São Francisco de Assis

Maria servia ao Senhor no Templo, mas quando completara a idade em que normalmente as jovens eram encaminhadas ao matrimônio, por volta dos 14 e 15 anos, Simeão, que era o sumo sacerdote, reuniu os descendentes diretos do rei Davi para pedir a Deus que lhe manifestasse quem era digno de desposar tão virtuosa donzela.

São José

 

São José nem sequer comparecera, pois havia feito voto de virgindade desde jovem, e tinha certeza que ele nunca seria escolhido. Porém Simeão fez questão que todos ali estivessem, cada um portando um cajado à mão. José buscou então o mais seco que pudera encontrar. Então como sinal claríssimo, eis que do bastão seco dele florescem lírios, e é ele então o varão escolhido para esposo da Virgem Maria.

 

Batalha angélica

 

Como modelo de obediência temos São Miguel que, com o brado de fidelidade a Deus “Quem como Deus!” congregou junto de si os espíritos celestiais fiéis a Deus após a prova à qual foram submetidos, e expulsou Lúcifer e os espíritos orgulhosos que se revoltaram face à  vontade divina.