Receita inusual

Lucas saiu do consultório com a receita no bolso e, para resolver logo, entrou na farmácia em frente. Entregou a receita ao balconista e esperou. O atendente demorou pesquisando no computador e depois de vários minutos voltou.

— Moço, não temos esse remédio, não. Nem consta da lista.

A farmacêutica interveio; leu com calma a receita e sorriu.

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Amizade e santidade – Os sete fundadores

Sete Santos Fundadores dos Servitas – 17 de fevereiro
A amizade é um dom de Deus. Este dom é ainda maior quando possibilita aos amigos o contato mais íntimo com Deus a exemplo dos fundadores dos Servos de Maria. Juntos, eles dedicaram suas vidas no serviço aos mais pobres, iluminados por nossa Mãe Maria. Continue reading

Porque devoção a Nossa Senhora ?

O conhecimento de Maria no seio da Santa Igreja, a Mariologia, foi se desenvolvendo ao longo dos séculos, desde os Santos Padres, passando por São Bernardo, São Domingos de Gusmão, São João Eudes, Santo Afonso de Ligório e muitos doutores e teólogos, sempre revelando as mais esplendorosas maravilhas sobre a Santíssima Virgem.

Entretanto, parece que a graça de explicar com maior amplitude e profundidade, as excelências da “ Mãe Escondida”, como foi chamada Nossa Senhora,  estava reservada a São Luís Grignion de Montfort. De todas as suas obras, a que mais se destaca é o Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem.

Nossa Senhora de Fátima

Esta obra foi recomendada por diversos Papas, e conta com a aprovação e o apoio do Magistério da Igreja. O Bem Aventurado Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XII, são alguns dos Sumos Pontífices que deram aprovação expressa à doutrina deste grande santo.

A respeito da excelência da espiritualidade de São Luís Grignion, o Beato João Paulo II, em diversas ocasiões, teve a oportunidade de afirmar a sua atualidade.

Quando da Beatificação de Jacinta e Francisco, em 13-5-2000, o Papa dirigiu-se às crianças exortando-as com essas palavras de São Luís de Montfort: Digo-vos que “ se avança mais em pouco tempo de submissão e dependência de Maria, que durante anos inteiros de iniciativas pessoais apoiados apenas em si mesmos”.

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Da gruta à catedral medieval

Interior da Gruta Rei do Mato

Num passeio a Sete Lagoas – MG, com jovens aspirantes dos Arautos, nestas férias de janeiro, tivemos a oportunidade de penetrar, e de viver um pouco dentro do silêncio ora majestoso, ora recolhido e profundo da gruta Rei do Mato.

Esta gruta com seus enormes salões, adornados com magníficas estalactites e estalagmites brilhantes, foi objeto do encanto de todos os jovens que por ali passaram. À medida  que íamos adentrando, percebemos que o brilho das estalactites variava de acordo com a intensidade da luz, que incidia sobre elas e às vezes, cintilavam como se estivessem recebendo a luz do sol, outras vezes, devido ao bruxulear da luz, ficavam com tonalidades mais amenas e partes da gruta eram envolvidas por uma misteriosa penumbra.

Frente da Gruta Rei do Mato

 

Contemplando aqueles diversos aspectos de uma mesma gruta, me veio a mente os diferentes tipos de grutas existentes pelo mundo; as grutas iluminadas e as não iluminadas, as já conhecidas pelo homem, e aquelas reservadas até o momento apenas ao conhecimento de Deus e de seus anjos. Quantas maravilhas ainda não reveladas aos homens, escondidas pela natureza, reservadas por desígnio da Divina Providência para o futuro.

Mosteiro de Subiaco

 

Só de pensar que foi numa abençoada gruta em Subiaco, que São Bento inspirado e ao mesmo tempo tomado pelo Espírito Santo, abandonou o convívio dos homens para viver a sós com Deus, e ali numa gruta silenciosa e austera, ora na penumbra de uma provação ou nas grandes consolações do convívio divino, concebeu, idealizou e fez nascer um novo estilo de vida religiosa, os beneditinos. Da gruta onde vivera São Bento nasceu Subiaco, primeiro mosteiro da ordem. Subiaco irradiou a luz da vida  religiosa por toda a Europa, e em pouco tempo o continente estava pervadido de mosteiros beneditinos.

A santidade dos monges e a beleza da vida contemplativa atraíam as pessoas, que construíam suas moradias em volta dos mosteiros, surgindo assim os vilarejos, as vilas e os grandes burgos. Dessa união da vida monástica com a vida civil, e do amor do medieval pelo belo, nascia a catedral medieval, obra prima da civilização cristã. Assim o raio de luz que brilhou na gruta de Subiaco é o mesmo que iluminou e ilumina até hoje a torre da Catedral.

Quantas reflexões pudemos fazer, numa bela gruta do interior de Minas Gerais, imaginando a ação de Deus durante a história, a partir de um monge santo e uma simples gruta.

 

Catedral de Notre Dame

Catedral de Colônia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luis Bernardo

Encontro internacional dos Arautos

A vida religiosa e os conselhos evangélicos

Já neste início de ano  que a Igreja dedica especial atenção aos jovens, em que dioceses do mundo inteiro organizam-se para juntas participarem da Jornada Mundial da Juventude, JMJ, os Arautos reuniram jovens de países da America do Sul para um Congresso com o tema: “A vida religiosa e os conselhos evangélicos”, visando assim o crescimento espiritual e intelectual dos mesmos.

Jantar de despedida no congresso

Foi assim apresentada a beleza, dignidade e nobreza que é ser chamado a se tornar um religioso.  Quando um jovem, estando na Judeia, aproximou-se de Jesus e Lhe perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?” Ele respondeu: “Observa os mandamentos”. Disse-Lhe o jovem: “Já os tenho observado desde a minha infância. Que me falta ainda?” Jesus fixou nele o olhar com grande amor e acrescentou: “Se queres ser perfeito, vai vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás  um tesouro no céu. Depois vem e segue-Me!” O jovem foi-se cheio de tristeza, pois era muito rico e não queria acatar as palavras do Divino Mestre (Cf. MC 10,17,20; Mt 19,18.21).

Anjos antes da prova

Todos os homens são chamados a praticar os mandamentos deixados por Deus, porém, a alguns ele chama para uma via de perfeição, assim como o fez ao moço rico acima mencionado. Após o pecado original todos temos três movimentos desordenados contra os quais devemos estar vigilantes: “a concupscência da carne, a concupscência dos olhos e a soberba da vida” (1 Jo 2,16).

Por isso, temos os conselhos evangélicos àqueles que são chamados a esta via de perfeição: a pobreza, a castidade e a obediência.  Ao renunciarem a seus bens, entregam a Deus o objeto de ambição que tantas vezes os ohos cobiçam; praticando com radicalidade a virtude da pureza, consagram-Lhe seus corpos;  e acatando com alegria as determinações de seus superiores, submetem-lhe a soberba da vida.

São Martinho de Tours

Como os exemplos arrastam, nada melhor que apreciarmos a vida dos santos, que viveram esses conselhos de maneira heróica. São Martinho de Tours, deu-nos magnífico exemplo de desprendimento, quando vendo um pobre homem clamando por socorro pela necessidade de um agasalho para se proteger do frio e ninguém se compadecer, rasgando sua capa de oficial ao meio e a dando ao pobre homem. Podemos nos perguntar: mas ele não deu tudo? Na verdade sim, pois um oficial ao entrar nas legiões romanas pagava apenas metade das despesas indumentárias, o restante era o governo. Portanto aquilo que cabia a ele, foi dado.

São Francisco de Assis, que dizia ter contraído núpcias com a dama Pobreza, foi despojado dos seus bens e até das  vestimentas pelo seu próprio pai em praça pública.

São Francisco de Assis

Maria servia ao Senhor no Templo, mas quando completara a idade em que normalmente as jovens eram encaminhadas ao matrimônio, por volta dos 14 e 15 anos, Simeão, que era o sumo sacerdote, reuniu os descendentes diretos do rei Davi para pedir a Deus que lhe manifestasse quem era digno de desposar tão virtuosa donzela.

São José

 

São José nem sequer comparecera, pois havia feito voto de virgindade desde jovem, e tinha certeza que ele nunca seria escolhido. Porém Simeão fez questão que todos ali estivessem, cada um portando um cajado à mão. José buscou então o mais seco que pudera encontrar. Então como sinal claríssimo, eis que do bastão seco dele florescem lírios, e é ele então o varão escolhido para esposo da Virgem Maria.

 

Batalha angélica

 

Como modelo de obediência temos São Miguel que, com o brado de fidelidade a Deus “Quem como Deus!” congregou junto de si os espíritos celestiais fiéis a Deus após a prova à qual foram submetidos, e expulsou Lúcifer e os espíritos orgulhosos que se revoltaram face à  vontade divina.