Nesta semana a Liturgia celebra a memória de Santa Joana d’Arc, a virgem heroína que foi instrumento da Providência para a libertação da França ante a ocupação inglesa no século XV.
Libertação, pois pouco tempo após, a Inglaterra romperia com a Igreja, aderindo aos erros de Lutero e se dobraria ante os desvarios de um rei libertino, Henrique VIII.
Santa Joana d’Arc foi o instrumento suscitado por Deus para impedir que a mesma catástrofe se abatesse sobre a França, a “filha primogênita da Igreja”, ou seja, o primeiro país a aceitar a evidência da veracidade e santidade da Igreja. Deus, Pai misericordioso, na previsão do que aconteceria na Inglaterra — até pouco antes chamada “a ilha dos Santos” — quis fazer uso de um instrumento aparentemente débil — Santa Joana d’Arc era apenas uma adolescente — para deixar claro o que ela própria dizia: “os guerreiros lutarão, mas Deus é que dará a vitória”
Santa Joana d’Arc – estátua equestre – França
Como o geral dos Santos, Joana d’Arc passou por perplexidades, sendo a última delas a sua condenação à morte na fogueira. Por entre as labaredas da mesma, certa de que Deus cumpriria sua promessa, ouviu-se ela bradar “As vozes não mentiram! As vozes não mentiram”. Pouco tempo depois teve fim a “Guera dos cem anos” na qual lutara.
Peçamos que ela nos obtenha a graça de ter a mesma certeza a propósito das palavras de Nossa Senhora em Fátima: “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará”. Triunfo que, tudo indica, será em breve, pois se Deus existe — e quem pode duvidar que Deus existe? — algo tem que mudar na face da Terra. E Deus, em sua Onipotência, mudará.
A nós cabe pedir filialmente como São Luís Grignion em sua “Oração abrasada”: “Erguei-vos, Senhor. Por que pareceis dormir? Erguei-vos em todo vosso poder, em toda a vossa Misericórdia e Justiça”. (*)
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