Confiança! Confiança! Eu venci o mundo!.(Jo 16, 33).
Quando a palavra confiança era pronunciada por Nosso S
enhor Jesus Cristo, “operava nos corações uma profunda e maravilhosa transformação., diz um sábio escritor. “A aridez das suas almas era umedecida por um orvalho celestial, as trevas de seus espíritos se transformavam em luz, a angústia era substituída por uma calma serenidade”.
Pe. David Carlos Francisco, EP
O mesmo convite que Nosso Senhor fazia outrora aos seus ouvintes, repete hoje a nós. Confiança!
Como essa virtude é necessária nos dias de hoje!
Como estão equivocadas as almas que, sentindo suas deficiências e misérias, mal ousam aproximar-se do Divino Salvador, com receio de que um Deus tão puro, tão excelso não se inclinaria para elas, não perdoaria suas faltas!
Deus é Misericórdia, e desde que desejemos sinceramente converter-nos, Ele tem pena de nossa miséria, e de nós se aproxima para salvar-nos, para nos colocar junto ao seu Sagrado Coração.
Mais ainda: quis nos dar um meio de experimentarmos a bondade do modo mais eloquente possível em termos humanos, que é o carinho materno. Do alto da Cruz, no momento mesmo de entregar sua alma ao Pai, deu-nos sua própria Mãe para ser também nossa Mãe. “Mulher, eis aí o teu filho. (…) Filho, eis aí a tua Mãe!” (Jo 19, 26-27). Como explica a Igreja desde seus primeiros séculos, em São João estava representada toda a humanidade.
Esse dom inenarrável de sermos, também, filhos da Mãe do Céu, nos facilita igualmente a prática da virtude da confiança.
Essas reflexões nos trazem à lembrança uma belíssima pintura de Nossa Senhora da Confiança — a Madonna della Fiducia — venerada na Cidade Eterna, na capela do Pontifício Seminário Romano, vizinho à famosa Basílica de São João de Latrão.
A devoção à “Madonna della Fiducia” mostra-se particularmente benéfica quando se reza a jaculatória “Minha Mãe, minha confiança!.
Muitos são aqueles que se fortalecem na confiança, ou a recuperam, apenas por contemplar essa bela pintura, sentindo-se inundados pelo olhar maternal, sereno, carinhoso, encorajador da Rainha do Céu.
E o divino Menino, também fitando o fiel, aponta decididamente o dedo indicador para a Santíssima Virgem, como a dizer: “Coloque-se sob a proteção d’Ela, recorra a Ela, seja inteiramente d’Ela, e você conseguirá chegar até Mim”.
(Trechos do artigo “Nossa Senhora da Confiança”, revista “Arautos do Evangelho”, nº 14, fevereiro de 2003, p. 36-37.Para acessar a revista Arautos do Evangelho do corrente mês clique aqui )