No dia 14 de setembro a Igreja comemora o símbolo por excelência da Fé: a Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. E para deixar bem claro que o antigo símbolo da humilhação, uma vez que nela foi consumada a Redenção, a Cruz passou a ser sinal de glória. É o que trata Dr. Plinio Corrêa de Oliveira no texto a seguir.
NO ALTO DAS TORRES E DAS COROAS
Plinio Corrêa de Oliveira
A exaltação da Santa Cruz de Nosso Senhor é a festa pela qual a Igreja recorda e proclama aos olhos do mundo que ela ergue o símbolo da Redenção acima de todas as coisas, colocando-o na sua devida e suprema altura.
Os católicos tomaram a Cruz como sinal de distinção, como símbolo de tudo quanto há de mais sagrado e santo. E o colocá-la no alto de todas as coisas foi uma preocupação constante da Civilização Cristã.
Vieram então as manifestações características dos tempos de fé: a Cruz encimando as elevadas torres das igrejas e catedrais; a Cruz no topo das coroas de reis e imperadores, ou adornando os mais nobres galardões das famílias da primeira aristocracia, ou servindo de insígnia nas condecorações. E quando se queria significar a magna importância de um documento, iniciava-o com uma cruz.
Enfim, em tudo quanto o homem concebia de supremo, estava a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, trazendo consigo a ideia de que, entre todas as maravilhas por Ele operadas neste mundo, a mais admirável e a mais adorável era o ter sofrido e morrido naquele instrumento de vergonha. Trazendo consigo, ainda, o revide a essa humilhação, um revide cavalheiresco e sobrenatural – a exaltação da Santa Cruz!