O leitor imaginaria haver alguma relação entre a capacidade de escrever e a eficiência de um exército para defender seu país? Ou na empresa em que você trabalha, qual seria esta relação?
Para um conceituado oficial do Exército americano, Major Trent Lyhgoe essa relação existe. Um artigo seu, bem fundamentado, foi publicado na revista americana Military Review e transcrito em revistas brasileiras especialmente voltadas para o público das Forças Armadas: Edição brasileira da Military Review e na revista Doutrina Militar Terrestre.
A relação é simples… e não posta em prática, na maioria dos casos: “A redação nos força a ordenar nossos pensamentos com lógica e coerência. Ela nos obriga a examinar criticamente nosso próprio pensamento (…) e a produzir melhores ideias e melhores soluções para os problemas”.
Quando pomos por escrito o que pensamos, damos mais precisão ao escolher os termos: “A redação torna o pensamento preciso, um pensamento que pode ser analisado. Porque está ‘no papel’ e não ‘na minha cabeça’.(…) [escrito], o pensamento pode ser interrompido e reformulado. (…) Quase sempre, é tentando encontrar palavras para expressarmos nossas ideias, que descobrimos o que pensamos”.
3 bilhões de dólares para aprender redação
Muitas iniciativas estão sendo tomadas nas Forças Armadas americanas para que seus membros passem a escrever melhor e saberem expressar com precisão o seu pensamento. A precisão nos escritos é fundamental, por exemplo no desenvolver de uma operação de combate.
O mesmo se da nas Empresas: “40% das empresas oferecem ou exigem cursos de redação para melhorar as habilidades dos empregados com deficiência nessa área, (com o custo anual de US$ 3,1 bilhões)”.
Resumindo: o fato da pessoa esforçar-se em expressar o seu pensamento com precisão leva-a a melhorar o raciocínio; com isso fica mais apta a solucionar problemas que surjam, aumentando com isso sua eficiência.
Os funcionários das empresas que fizeram curso sério de redação, tornam-se mais eficientes em qualquer área. O mesmo é constatado no Exército: os oficiais que fizeram o curso de redação, ficam mais capazes de tomar decisões acertadas tanto na rotina dos quartéis como em operações.
Por isso, no caso de ter que enfrentar alguma situação que leve à guerra, saberão como manter a Paz, ou recuperá-la.
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(As citações são do artigo “Um simulador de voo para o cérebro: por que os militares precisam escrever”, de autoria do Major Trent J. Lythgoe, do Exécito americano, publicados em “Doutrina Militar Terrestre em revista”, janeiro a março de 2013 e podem ser acessados no portal da revista: www.cdoutex.eb.mil.br/index.php/revista-da-doutrina )