A Gruta de Maquiné (no município de Cordisburgo, próximo a Belo Horizonte) tem aspectos de uma beleza indiscutível. Aqueles dos leitores que tiverem oportunidade de conhecer, não a percam.
Uma cena, ou melhor, um conjunto de cenas nessa imensa catedral subterrânea parece ensinar-nos algo.
São imensos salões naturais, subterrâneos iluminados artisticamente.
Atenhamo-nos apenas a um aspecto, pequeno na aparência.
Em muitos locais vê-se pingar do teto gotas do que parece uma inofensiva água. Prestando-se bem atenção vê-se que caem de formações semelhantes a um dedo apontando para baixo.
Paralelamente, no solo há algo semelhante a outro dedo apontando para cima.
Os tamanhos variam. Mas em alguns lugares os “dedos” encontram-se, formando por vezes colunas de respeitável diâmetro.
São os conhecidos estalactites (os que “descem”) e estalagmites (os que “sobem”).
De tudo na vida podemos aprender algo; para admirar ou para rejeitar. A propósito dos estalactites ocorreram aos que lá estávamos algumas observações.
No convívio diário, seja na família, no trabalho, etc., tomamos a todo instante alguma atitude. Ao longo dos tempos, estas atitudes vão formando “estalactites” e “estalagmites”. Quando menos esperamos, está formada uma coluna inamovível.
Tudo vai depender da “água” que “pingar” das nossas atitudes: se for algo na linha da virtude e do bem, formaremos uma bela coluna, semelhante à de uma catedral gótica; se não for, formaremos uma coluna, muitas vezes de mal convívio, algo que afasta da virtude, do bem.
E isso se dará gota a gota. Mas não duvidemos: estaremos construindo uma coluna.
Por isso a Igreja recomenda a vigilância em cada ato ou palavra: um gesto, uma atitude, uma expressão fisionômica, um sorriso ou um palavra podem ser decisivos no aproximar ou no afastar alguém do bem.