Aprendendo com o Voyager

Você certamente já passou pela monotonia de uma longa viagem de automóvel: a estrada parece não ter mais fim…

Isso para uma viagem de, por exemplo, 500 quilômetros. Às vezes menos.

Sonda Voyager
(Foto NASA)

Essas considerações são úteis para tirarmos uma lição do percurso da sonda espacial Voyager, tão noticiada recentemente pela mídia por ter chegado aos limites do Sistema Solar.

A Voyager foi lançada ao espaço setembro de 1977, a 36 anos atrás, portanto. Viajou este tempo todo a 45 mil quilômetros por hora. Ou seja, nesse período percorreu pouco mais de 14 bilhões de quilômetros, indo da Terra até o limite extremo do Sistema Solar.

Se fosse de um extremo ao outro do nosso Sistema seriam precisos mais 36 anos, pelo menos. Em 2049, quando os jovens de 20 anos hoje já tiverem 56 anos, a sonda concluiria a viagem.

Universo
(Foto NASA)

Qual o tamanho deste percurso se o compararmos ao Universo?

O Universo conhecido atualmente teria, segundo os dados mais recentes, 507 bilhões de anos luz. Se transformássemos em quilômetros daria o número 47 seguido 20 zeros!

Para simplificar, se reduzirmos cada bilhão de anos luz a quilômetro, o universo teria 507 quilômetros. Se fosse uma viagem como imaginamos no início deste post, já seria ocasião de uma viagem monótona.

Agora vem a pergunta: se o universo conhecido tivesse 507 quilômetros que tamanho teria o Sistema Solar?

Arisque um pouco, antes de continuar: do tamanho de um campo de futebol, de uma roda de bicicleta, de uma moeda? Arrisque.

O Sistema solar teria 0,12 milímetros. Ou seja bem menor que o ponto final desta frase. Num milímetro caberiam pouco mais de 8 Sistema solares. Para percorrer esses 0,12 milímetros o Voyager teria que continuar viajando mais 36 anos… a 45 mil quilômetros por hora.

O que se diria de alguém capaz de criar algo tão imenso?

Vírus aumentado milhões de vezes

Esse mesmo Deus que criou o Universo em tais proporções, também criou seres vivos tão minúsculos que 150 milhões deles cabem na cabeça de um alfinete. São seres vivos: crescem, alimentam-se etc.

Tomemos algo com mais proporção conosco: nosso ouvido tem um minúsculo órgão de pouco mais de um milímetro, em forma de espiral que contém 2.400 “teclas” sensíveis ao som. Quando um som penetra no ouvido, aciona algumas dessas “teclas” que, em seu conjunto “informam” ao cérebro qual é o som.

O mesmo Deus Criador do Universo nas proporções gigantescas que vimos, criou também esta minúscula obra de arte.

O que dizer do poder e sabedoria de Deus, capaz de criar seres tão imensos e outros tão minúsculos?

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