No nordeste do Brasil há um ditado que, além de pitoresco tem muito de verdadeiro: “O bobo aprende apanhando; o inteligente aprende vendo os outros apanharem; e o burro, nem apanhando, aprende”.
Algumas pessoas deduzem: “pelo menos sejamos bobos: aprendamos apanhando”.
Não foi o que aconteceu com o “Andrea Doria”.
Em 1912 ocorreu a tragédia do “Titanic”.
Era o mais moderno e luxuoso transatlântico construído até então; custou — em moeda atual — aproximadamente 100 milhões de Reais, pesava 46 mil toneladas, camarotes e salões de alto luxo, podia transportar aproximadamente 2.400 pessoas.
Utilizava a tecnologia mais avançada para a época e era tido como “inafundável”, a ponto de dizerem sobre ele: “este, nem Deus afunda”.
Na sua viagem inaugural, cercado de toda a propaganda da mídia, chocou-se contra um iceberg de pequeno porte, afundando logo a seguir, levando para a morte mais de 1500 pessoas.
Aquele “com o qual nem Deus podia” jaz hoje no fundo do oceano.
Andrea Doria
Quarenta anos depois, utilizando todo avanço tecnológico havido durante a segunda guerra mundial, foi construído o “Andrea Doria”. Não era tão grande quanto o “Titanic”, mas, dotado dos recursos mais sofisticados, levando alguns a comentarem: “este sim, nem Deus afunda”.
Na sua viagem inaugural, a não grande distância do local onde jaz o “Titanic”, chocou-se com outro navio bem menor, afundando logo a seguir. O navio contra o qual se chocara voltou ao porto e, após reparos, continuou navegando.
A existência de Deus foi posta em dúvida muito antes de ambos navios serem construídos; hoje os dois navios — “Titanic” e “Andrea Doria” — já não navegam: jazem no fundo do oceano…
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