1947. Pastores à procura de uma cabra tresmalhada descobrem por acaso os famosos “Manuscritos do Mar Morto”. Estavam escondidos em cavernas e continham transcrições de praticamente toda Bíblia.
Imaginemos que, ao invés de pergaminhos, tivessem encontrado vídeos — já existentes, segundo nossa fantasia. E vídeos da vida de Jesus, por exemplo.
Haveria encantos mas também surpresas. Sobretudo quem tivesse alguma visão unilateral da pessoa de Jesus ficaria atrapalhado. Com que?
Depois de curar um mendigo, Ele atende o pedido de um abastado oficial romano. Pouco depois é visto na faustosa casa de Lázaro.
Num baquete toma a defesa da rica pecadora que lhe perfuma os pés com precioso perfume.
Pensará a hipotética pessoa de visão parcial: “E eu que imaginava Jesus cercado só de maltrapilhos, protetor somente dos mendigos…”
Como se veste Jesus? A sua túnica é inconsútil (sem costura), de tal valor que os soldados jogam a sorte sobre ela.
Nas parábolas aparecem os mais variados personagens: reis, escravos, ricos, mendigos, virgens loucas ou prudentes.
Quantas outras surpresas causaria esse hipotético vídeo da vida de Jesus!
Por que uma tal diversidade? Para tornar clara a universalidade da ação santificadora de Jesus.
A única atitude possível diante desse amor sem fronteiras seria cairmos de joelhos, enlevados por ver que Jesus não limita o seu amor a estes ou aqueles.
Jesus ama os pobres, mas não exclui os ricos. Quando fala dos necessitados de apoio diz: “Vinde a Mim todos” (Mt 11, 28)
Jesus veio para que não haja barreiras à caridade.
Peçamos a Ele a graça de imitá-Lo no seu zelo e amor sem fronteiras. O mundo será outro.
2 thoughts on “Os vídeos do Mar Morto”