UMA FLOR BROTADA NA NEVE

Quem já esteve em Roma deve lembrar-se do calor sufocante, que há nesta época do ano, por vezes beira os 40 graus.

Pois bem, para tornar claro um fato incontestavelmente miraculoso houve um dia desses, de extremo calor que… nevou. Si, isso mesmo: nevou. E não nevou na cidade inteira, mas só em um determinado local.

Foi no ano de 363, precisamente em 5 de agosto: nevou numa área bem delimitada situada no monte Esquilino. A população da cidade e mesmo o Papa acompanhado de numeroso Clero, acudiu ao lugar do prodígio.

Por que essa neve no auge do verão? E à vista de tantas e tão insignes testemunhas?

Missa de ação de graças pela aprovação pontifícia dos Arautos do Evangelho

Vivia em Roma o descendente de nobre família romana, o qual, não possuindo herdeiros, resolveu consagrar sua imensa fortuna à glória de Deus e da Santíssima Virgem Maria. Esse assunto estava em suas cogitações quando, na noite de 4 para 5 de agosto a Rainha do Céu apareceu-lhe em sonhos e disse:

— “Edificareis uma Basílica em minha honra na colina de Roma que amanhã aparecerá coberta de neve”.

Na mesma noite o Papa Libério teve idêntico sonho e, na manhã seguinte constatou o prodígio com os próprios olhos. Pouco depois este mesmo Papa deu início à construção daquela que seria a primeira das igrejas em honra de Maria Santíssima. A Basílica foi denominada de Nossa Senhora das Neves, devido ao modo pelo qual a Providência indicou o seu local.

Relicário com as tábuas da manjedoura em que foi posto o Menino Jesus ao nascer

Hoje este templo é conhecido pelo nome de Santa Maria Maior (em italiano, Basilica di Santa Maria Maggiore) por ter sido a primeira e mais importante das Igrejas de Roma dedicadas à Virgem Santíssima. É uma das mais belas e adornadas de toda a cidade e abriga entre outras coisas um relicário com partes da manjedoura em que repousou o Menino Jesus na gruta de Belém.

OS ARAUTOS DO EVANGELHO E SANTA MARIA MAIOR

Nesse templo de tão gloriosa história e tão artística beleza foi celebrada a solene Eucaristia de ação de graças pela aprovação pontifícia dos Arautos do Evangelho, ocorrida em 22 de fevereiro de 2001, dada pelo então Papa João Paulo II, constituindo-a a primeira associação de Direito Pontifício do terceiro milênio.

Basílica de Nossa Senhora do Rosário, filiada à de Santa Maria Maggiore

Cinco anos depois, nesta mesma Basílica, foram celebradas duas solenes Missas comemorativas da aprovação pontifícia definitiva, já então sob o pontificado do Papa Bento XVI. Na homilia de uma dessas celebrações, o Cardeal Bernard Law, Arcipreste na Basílica, assim se exprimiu, referindo-se aos Arautos do Evangelho: “Essa Instituição é uma semente do Espírito Santo plantada na Igreja. Assumiram um forte compromisso de promover a devoção mariana, e por essa razão têm como sua casa, aqui em Roma, esta Basílica de Santa Maria Maior”.

Os Arautos do Evangelho têm muitas outras razões para devotarem especial veneração pela Basílica de Santa Maria Maior. Uma delas é o fato de que a Basílica Nossa Senhora do Rosário, no seu seminário em Caieiras, na Grande São Paulo, é filiada a de Santa Maria Maior, “fazendo com que este magnífico templo seja um lugar onde, de modo muito particular, se sinta a presença de Nossa Senhora e Nosso Senhor”, conforme afirmação de Dom Sérgio Aparecido Colombo — Bispo de Bragança Paulista, em cujo território esta situada a mesma. Palavras estas pronunciadas na entrega do documento papal (intitulado Breve Apostólico”) que termina com estas palavras:

Dom Sérgio Aparecido Colombo apresenta ao público o documento papal intituindo a Basílica Nossa Senhora do Rosário

“Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 21 de abril de 2012, oitavo de Nosso Pontificado”. (*)

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(*) Veja a cobertura completa deste evento na revista “Arautos do Evangelho”, n 127, de 2012, p. 18-25. Para acessar o número do mês atual Clique aqui

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